domingo, 15 de março de 2009

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Birgas

- Se eu for embora agora você há de me escutar.
- Se eu não te escuto nem quando você está a gritar ao pé do meu ouvido, hei de escutar com você distante de mim?
- Se você prestasse atenção em mim saberia o porquê!
- Mas eu não presto!
- Percebe-se...
- Você sabe que não quis dizer isso...
- Mas eu quis.
- Ah, como faz isso comigo, benhê?
- Vai ver se eu to na esquina.
- Como poderia se você está aqui, gritando ao pé do meu ouvido?
- Quer saber? Vai apenas estudar anatomia.
- Sério! Eu não entendo você! Páre de falar de forma tao enigmática!
- Você não me entende de qualquer maneira.
- Eu nunca disse isso!
- Não precisaria.
- Como vou te escutar se você não me deixa te entender?
- Nem parece que é homem... Se fosse saberia como escutar sem entender.
- O que você quer dizer?
- Como agora, por exemplo.
- Você me tira do sério.
- Não posso dizer que seja ultra agradável estar com você!
- E o que estamos fazendo juntos?
- E eu sei?
*Beijam-se*
- Só sei que quando eu for embora você há de me escutar suspirando na sua mente

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Besteiras de devaneios diários

O frio penetrava na sua pele como milhões de agulhas. Aquela sensação era maravilhosa, como se fosse única. Como se só ela pudesse sentir tal dor e prazer.
O sol nascia entres os prédios para seu novo dia de fígado de Prometeu. Sorriu por aquela bola amarela - será que era mesmo amarela? - estar fraca aquele dia. Assim estaria livre das enxaquecas típicas do verão.
Saiu de casa, subiu a rua e andou pelas já conhecidas calçadas. Parecia, todavia, que algo havia mudado. Olhou a rua e percebeu que nunca a tinha visto e agora, a via também a via.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um modo simpático de morrer.

Ela se jogou na cama ao som de "Cálice" e se moveu nela com dificuldade.
Sangue... Sangue - sangue!
Palavra presa na garganta? Ela gritou ruídos desconhecidos e, ainda se remoendo na cama tateou o criado mudo em busca de água - quem sabe ela não viraria vinho.
Embriagou-se na sua melancolia e assim adormeceu.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Contra-reforma

Pois é. Vamos falar da reforma ortográfica. Sim, eu odeio essa maldita reforma, mas a gente causa também. Não, não vou adaptar meus textos à nova ortografia até - quando é mesmo? ah sim - 2013. Aliás, voltarei a escrever à moda antiga. Fato que a língua portuguesa está longe, bem longe de se tornar morta, mas ser sujeito a tantas reformas simplesmente cansa os (sic) falatores da língua. Se é ou não para integrar os países, se é para facilitar a comunicação ou se é para, como dizem algumas pessoas com síndrome de perseguição, tirar empregos dos tradutores (o que pode ou não acabar ocorrendo), não sei só sei que eu gosto de usar hífen e mais ainda dos acentos diferenciais.
Então com licença que vou pegar o metrô e ver a velhinha sentar neles e ir até a pharmacia.

sábado, 31 de janeiro de 2009

...

O coração apertado, o estômago paarecendo querer sair... E não pensava em nada. Só em como seria ser uma barata. Kafka e Nietzsche não é exatamente uma combinação de livros agradáveis.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Capitalismo

Um som de moeda caindo no cofrinho.
Cansava de ouvir aquele som e, mesmo assim, o cofre parecia vazio.
A cada dia colocava pelo menos uma moeda a mais no cofre e a cada dia, ao invés de mais cheio ele se tornava mais vazio.
Pode parecer um texto metafórico, mas na realidade era só a vida de um consumista frenético.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

No sense

Olha que coisa mais linda!
A chuva cai, os carros boiam, só faltam os peixes...


A garota andava pela avenida paulista debaixo de chuva, de uma grossa chuvisca. Quanto mais ela tentava desviar das inúmeras poças que havia no meio do caminho, mais ela pisava nelas. Parecia inevitável andar e não se molhar, parecia inevitável se molhar e não sofrer. Sofrer por aquela chuva lembrá-la de tantas outras coisas ruins. Mas, se São Pedro estava ou não bravo - é engraçado, mudam-se os nomes, mas nunca a essência - ela só podia dizer que seu sapato estava molhado.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Chuva

A chuva cansou de ser sinônimo de tristeza. Só é felicidade quando a terra está na seca.
A chuva caia ao ritmo da canção. E ninguém parecia ligar. Debaixo dela e do descaso de todos só pude tirar o meu chapéu e dançar.
Dancei como qualquer louco dançaria. Dancei como se nunca tivesse posto o pé no chão, como se andasse sobre as nuvens, como se a chuva fosse um privilégio só meu.
E com o chapéu na mão só pude sorrir para mim mesma por ter a sorte de viver e sentir as gotas em meu corpo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Falsidade

E a noite chegou no interior do barco e no interior de mim.
Senti-me escura e sem vida, como fazia tempo que não sentia. E graças a essa escuridão eu respirei com dificuldade e pude dizer a mim mesma quem eu era e não ter medo ou vergonha disso. Para alguém cheio de defeitos como eu, é bem mais fácil olhar-se no espelho sabendo que não vai enxergar nada.
E quando o sol nasceu no outro dia, abri o guarda-roupa e escolhi qual máscara iria usar hoje.