sábado, 28 de junho de 2008

Tomada quatro E

Ela olhou para cima e viu o mundo cair sobre ela.
Ergueu os braços tentando proteger sua cabeça.
Era inevitável sua morte.
Enorme foi o esforço que fez para lutar contra a sua mente...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tarde

O céu estava azul. Um azul sereno como seus pensamentos.
Ou melhor, como ela gostaria que eles estivessem...
Olhava para cima, como se sonhasse... E não pode assim, deixar de tropeçar algumas vezes.
Como uma aquarela, gotas de água borravam aquele azul celeste... E, por um descuido do artista derramou leves gotas de laranja.
Suspiro.
Sonho inalcançável.
Vida incansável.
Chegou à velhice sem perceber quantas coisas fizera e deixara de fazer, mas seu céu continuava como o daquela tarde que caia no dia em que perdeu a visão e a noção.

sábado, 14 de junho de 2008

Ansiedade

Suas pernas tremiam, seu sorriso não mais sorria... Ele se aproximou, afastou seus cabelos de seu pescoço e com aquela gélida mão o segurou carinhosamente. Arrepio, ainda ansiosa. Ele a encarou profundamente e ela sustentou o olhar corajosamente. Ele sorriu e ela suspirou. Ele desviou o olhar e ela se decepcionou. Ele ainda segurava seu pescoço. Ela ainda ansiosa. Ele a beijou como nunca beijara ninguém. E se separaram. E nunca mais se viram. Ele ainda tem mãos geladas e ela ainda é ansiosa.