Suspirou. Levantou. Respirou fundo.Ao menos dessa vez ela se lembrou de respirar.
Lavou o rosto e chorou. Nada do que fazia tinha muito sentido... Nada mais tinha sentido... Seu ego era grande demais para admitir que não estava bem... Respirou. Agora ela precisava se lembrar constantemente de respirar... Continuou lavando o rosto para que as lágrimas se confundissem com a água gelada que saia da torneira. Em frente ao espelho, ensaiou um sorriso e saiu.
Na rua, as pessoas a olhavam como se estivesse algo errado... Como elas sabiam? Será que elas sabiam?
Disfarçou: olhava para todos os lados, como sempre... Afobada, como se procurasse algo. Só encontrou o céu coberto de nuvens e um sol saindo detrás delas. Sentiu-se como se estivesse viva e caiu quando com a morte finalmente se conformou.
Dizem que foi uma bala dum revólver qualquer.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
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