Ah, o céu é azul
Ah, a grama é verde!
Ah, borboletas voam!
Ah, pássaros cantam!
Mas ah, estamos na cidade...
A menina sentada na sargeta segurava uma rosa vermelha cor de sangue. Eu apenas a observava brincar com a flor nos seus dedos. Talvez tenha espetado uma ou duas vezes o fino dedo em algum espinho, mas ela não se importava mais...
A dor que sentia pelo pequenino furo era insignificante perto da dor que sofria dia após dia... Sem querer, deixou uma lágrima escorrer. E outras acompanharam a primeira. Seus olhos porém não ficaram inchados ou avermelhados. Como isso? Era o romantismo que tinha se infiltrado em seu sangue. Ela acordava, como nos filmes, toda arrumada e sempre perfeita. Ou pelo menos isso era o que queria que pensássemos.
Ergueu o rosto e encarou os carros em alta velocidade. Levantou-se e, com raiva, jogou a rosa no chão. Nem preocupou-se em pisar e destruí-la. Simplesmente deixou que ela apodrecesse aos poucos, porque o instantâneo é sempre muito mais assustador.
Levantei e peguei a rosa... Pensei: será que a chamo? E achei melhor deixar a rosa morrer por vontade própria então fui embora deixando a flor decidir o destino daquela última romântica.
Um comentário:
*Sem palavras*
anatawa watashino oneesan zutto
Aishiteru dokomademo
Arigatou
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